Demetria~
Já estava desesperada.Fui até a polícia mas só podiam fazer algo se passasse 24 horas.Os familiares de Joe ligaram,pois estavam em outro País,mas Denise ficava na linha a cada minuto,chorando assim como eu.Quero dizer,lamentando,as lágrimas pareciam secar de tanto choro.
Estava em casa eu,Cam,o policial amigo de Joe e alguns dos nossos vizinhos mais próximos,me dando força.
-Acabamos de checar a cidade,ele não está nela.Talvez ele deve ter..fugido?-Falou com um tom de receio,acho que com medo de minha reação.
-Não,as roupas dele estão no mesmo lugar,ele só levou a carteira e nada mais.-falei voltando a chorar,encostando no ombro de Matilde,minha vizinha.
-Só podemos fazer alguma coisa depois de 24 horas,é lei.-falou pela décima vez aquele delegado.
-Se fosse sua filha,por exemplo,já teria começado a ir atrás não é?-O delegado me olhou um pouco sem reação com essa minha resposta,mas logo me olhou com compaixão,como se quisesse me dizer algo.
-Olha,Demi.Não sei se o Joe te disse que chegaria mais tarde,antes de sair.-eu assenti e ele continuou-os problemas que ele disse que iria resolver..bem,foi acertar algumas coisas com o Wilmer.-novamente,senti receio em sua voz.Já não sabia o que sentia:Raiva,medo,ódio,compaixão.
-Não acredito!Eu disse pra ele não ir lá,com o Wilmer não se brinca!-saltitei assustando Matilde.
-Demi,foi descuido dele,eu sei,também não vou com a cara do Wilmer,mas foi por você.Você sofreu nas mãos dele,ele queria acertar as contas.-Camilla tentou me explicar.
-Mas ele não era pra fazer isso!Eu já não estou aqui,hein?O que mais ele quer?-voltei a sentar.
-Ele não atendeu o telefone?-neguei negativamente com a pergunta,segundo depois me surgiu uma esperança.Rastreador.
-Claro!é isso!Telefone,rastrear...-tentava terminar a frase mas a felicidade tomou conta de mim,felicidade talvez não,esperança.
-Chequem o sistema de rastreamento,o Wilmer deve ter retirado o chip,mas o número da bateria diz tudo,Demi,você ainda tem o comprovante fiscal do celular dele?-me lembrei onde Joe tinha guardado e corri em direção a escada,ouvi um suspiro de esperança vindo de algumas pessoas,nesta situação não estou sozinha.
Revirei algumas caixas de documentos até que acho o bendito comprovante do celular!Desci as escadas correndo,de dois-em-dois degraus.
Wilmer Valderama~
Estava espiando em uma árvore,perto da casa da Demi.A porta estava aberta e algumas pessoas estavam lá.Não ia entrar,lógico,mas estava ciente de cada passo que eles iriam dar.Nessas horas o 'Joezinho' estava em overdose de tanta droga que apliquei nele.Coitado!
Autora~
Dentro da casa um fio de luz e esperança enlaçou o coração de Demi quando descobriram de onde o celular de Joe tinha ficado.
-Se encontra perto da saída da cidade,um posto de gasolina de beira de estrada.
Demi piscou algumas vezes,lembrava muito bem daquele posto.
-Sim,o Wilmer vivia lá bebendo e fumando com um grupo de amigos,fica próximo a antiga fábrica de tecidos.-
O telefone tocou e Demi se apressou a atender,antes de tudo deixou no auto-falante
-Alô?
-Espero que você vá junto com os policias,linda,ou então seu marido não voltará vivo pra contar nem um palmo dessa história.
-Onde vocês estão?
-Vocês são espertos,fiquem á noite no posto de gasolina.Espero você,apenas você.Se levar um desses policiais,você vai ver o cadáver do seu amor na sua frente.
Um suspiro se instalou no pulmão de cada um ali.O medo agora exalou,assim como a coragem que eu tomei.
-Você vai?-Camilla perguntou,olhando pra mim e mexendo nos meus cabelos.
-Sim,eu vou.-Não me restava sombra de dúvidas.Eu ia,e ia de bom grado.
-É perigoso,Demi.-falou o delegado limpando a garganta-mas se essa é a condição,vamos faze-la.
Eu ia.Não deixaria que a vida do Joe fosse embora por um medo meu.
~
Desculpem a demora,está um terror postar com tantos problemas!
Perfect.
ResponderExcluirPosta o cap. 18